Como trocar o cilindro mestre e pinças – Revisão no Sistema de freio do Voyagessauro

No ano passado, na volta do último encontro de carros antigos que participamos, senti que o pedal do freio estava mais baixo do que eu me lembrava, fiz algumas frenagens mais fortes, e parecia tudo ok. Mas obviamente que passei a ficar mais atento, durante as minhas férias em Janeiro, choveu todos os dias, e como você sabe, não ando na chuva com meus hotwheels…. Se passaram mais alguns meses sem andar de Voyagessauro, estava focado e utilizei todo meu tempo livre para terminar a restauração do Voyage Verdinho. Enfim, a algumas semanas manobrando os carros na Garagem 150, pisei no freio e meu pé foi no fundo do assoalho!!!

Outra observação que fiz, foi que a roda traseira direita estava fazendo barulho de “lona traseira que não estava voltando”. Então decidi colocar o Voyagessauro em cavaletes e dar uma “geral” no sistema de freios.

Comecei pela parte fácil, a troca anual de óleo e filtro do motor. E depois a troca do cilindro mestre e do fluido de freio, em teoria se o pedal foi ao fundo significa que o cilindro mestre está com problemas de vedação interna, é possível trocar apenas algumas peças ( kit de reparo), mas como ainda existe novo da marca (TRW) que comprou o fabricante original (Varga), comprei um cilindro mestre novo.

O PRIMEIRO PASSO foi esvaziar o reservatório do cilindro mestre, fazer isso evita acidentes com o fluido usado, o fluido não pode entrar em contato com nenhuma pintura do veículo.

O SEGUNDO PASSO foi soltar os canos e sensores que estavam no cilindro mestre antigo

Atenção ao desmontar o reservatório para não quebrar o plástico
No caso do meu Voyagessauro, as linhas de freio traseiras tem um regulador de pressão para limitar a frenagem das rodas que são discos.
O regulador é o mesmo do Monza e Chevette, essa é a dica para quem quer fazer essa adaptação
Não é a maneira ideal, mas não tinha uma chave que desse certo com esses sensores da luz de freio então usei a morsa para soltar e sepois apertar.
Lubrifiquei um pouco com vaselina para evitar estragar as vedações novas
Primeiro monte o cilindro no servofreio
Conecte as linhas de freio, mas não aperte pois vai precisar “sangrar” para tirar todo ar do sistema

TERCEIRO PASSO é sangrar, ou seja tirar todo ar do sistema, isso pode ser feito com a ajuda de alguém pisando no pedal ou da maneira mais fácil, usando um “sangra freio”. Conectei a tampa do sangrador ao reservatório e liguei na bateria, a sequência de sangramento é da roda mais distante do cilindro mestre até a mais próxima. Neste caso, antes de sangrar as rodas, sangrei os canos no cilindro mestre primeiro.

Coloque 1,5 litros de fluido de freio, o minimo recomendado no manual da maquininha sangra freio
Pressurize a linha várias vezes (pressionando o botão remoto) e abra o sangrador de cada roda até não sair mais nenhuma bolha de ar, repeti algumas vezes este procedimento em cada roda.
Depois de repetir o processo nas 4 rodas descarte corretamente o fluido de freio usado. Não deixe cair na rede de esgoto!!!!
Fluido de freio novo

Estaria pronto…. caso não tivesse uma roda traseira fazendo barulho de “lona de freio raspando”….então logo deduzi que era algum problema com o cabo do freio de mão. Então soltei a regulagem do cabo do freio de mão, mas a roda continuava presa…. então desmontei a pinça para tirar o disco e verificar as lonas do freio de mão, mas tirei a pinça e a roda “soltou”!!! Foi aí que descobri que estava com um problema grande de freio….

Ter uma chave de impacto ajuda muito a soltar e apertar estes parafusos grandes
Coifa do pistão rasgada e muita ferrugem
Com certeza as coifas terem rasgado e o pouco uso do Voyagessauro, na verdade, andei pouco com todos os hotwheels nos últimos anos, fizeram os pistões travarem nas pinças, veja a oxidação.
Freios originais do GTi 2.0 16v no Voyagessauro

Aqui vale uma explicação para quem ainda não conhece meu Voyagessauro, ele é um Voyage 1983 que troquei o motor e transmissão original, por um AP2000 e 5 marchas, então troquei o sistema de freio original, pelo do Gol GTi AP2000 16V. Discos ventilados na dianteira e discos solidos na traseira (troquei o eixo traseiro todo, para ter a barra estabilizadora traseira), mas não tem o ABS.

Acabei descobrindo que as pinças traseiras estavam travadas, comecei desmontando tudo para tentar destravar.
Após 1 semana em WD40 para soltar a ferrugem
Então para soltar o pistão remontei as pinças e liguei uma mangueira no ar comprimido
Coloquei bastante pressão e ….. nada! Em nenhuma das 2 pinças traseiras

Confesso que me bateu um desespero, mas tive muita sorte e encontrei pinças novas para comprar. Mas não desisti de consertar as antigas…. vou consertar e depois guardar de reserva.

Raríssimas pinças novas para freio traseiro de Volkswagen
Utilizei as mesmas pastilhas, pois estão bem novas

Nada como usar peças novas, montei tudo, sangrei novamente os freios, montei as rodas e tudo voltou ao funcionamento normal. Mas para prevenir, vou tentar andar mais vezes com os hotwheels.

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As manutenções que fiz em meu Jeep CJ5 nos últimos meses.

Todo carro precisa de manutenção, um carro antigo mais ainda, um carro antigo que você usa com alguma frequência muito, muito e muito mais ainda!!! A diferença é que desta vez, resolvi tentar fazer eu mesmo os consertos e manutenções no Sgto Predador.

É claro que para fazer isso, precisei manobrar alguns dos hotwheels da coleçãozinha, basicamente colocar o jeep na “vaga dupla” onde montamos o Voyage Verdinho. Comecei erguendo o CJ5 e colocando ele em cavaletes para poder tirar as rodas.Inicialmente procurando o defeito dos freios, o sintoma era o nível do fluido sempre baixando um pouco no reservatório. Mas o maior problema era na primeira vez que se pisava no pedal de freio, ele ia até o fundo, depois ficava normal por algum tempo. A alguns anos já havia levado a um mecânico de verdade e trocado o cilindro mestre, mas não resolveu o problema…. Então desta vez desmontei as rodas e os tambores (o meu CJ5 ainda é original e tem tambor nas 4 rodas) para tentar encontrar algum vazamento.

Na roda traseira direita descobri que o cilindro estava vazando e resolvi eu mesmo trocar, por coincidência ou não, é a mesma roda que ao estar dando ré ela trava ao pisar no freio, e só destrava andando para frente (!?!?!).

É claro que não sai desmontando sem estudar antes…. eu tenho o Manual de Oficina original do Jeep, (ganhei do antigo dono do jeep, meu amigo Rômulo, que já virou japa de tanto tempo morando no Japão) que por sua vez havia ganho o Manual de seu Avô.

Tirar as lonas foi fácil
Difícil foi soltar as porcas dos canos de freio
Estragou e não saiu
E eu usei a chave certa!!!!
A solução foi cortar e fazer canos novos
Chave para soltar a porca espanada
Cilindro velho (uns 6 anos) e com vazamento
Refazendo os canos de freio
Ferramenta correta para dobrar canos de freio
Nova linha de freio para essa roda
Apertado com a ferramenta correta para não estragar nada

Canos novos,cilindro de roda novo, até as molas coloquei novas, desconfio que a sujeira mais as molas “cansadas” estava fazendo as lonas não retornarem e travando a roda ao dar ré. Na foto tudo limpo e montado novamente.

Quem disse que deu para usar a maquininha elétrica para sangrar o freio? Simplesmente nenhuma tampa serve no reservatório do jeep, então teve que ser no método tradicional, da Fabi pisando no freio.
Aperta….segura…solta…aperta….segura….

Aproveitando que as rodas estavam desmontadas e o CJ5 nos cavaletes, lavei tudo usando produto desengraxante e depois outro produto “mol” para remover terra, depois uma escova de aço e umas lixas, em seguida tinta em spray. Veja nas fotos abaixo, como melhorou o visual.

Pintura preta na suspensão
Pintura Verde militar nas caixas de roda
Aqui o band aid não resolveu, tive mesmo que pintar.
Uns retoques na carroceria depois….
Aros dos faróis
E com tudo limpo, a oportunidade para engraxar a suspensão

Parecia tudo certo, então uma voltinha na chácara da família para ver se tudo ficou ok.

Os freios voltaram ao normal, acabou o vazamento de fluido de freio, então…………………. o tanque de combustível começou a vazar….

Veja nas fotos como o tanque estava enferrujado

Muita ferrugem e 1 furo ou 2
O assoalho também tinha muita ferrugem, então foi preciso lavar tudo e passar um convertedor de ferrugem.
Retoque na pintura do assoalho

E uma pintura nova também, antes de montar o tanque novo.

A melhor solução, foi comprar e instalar um tanque novo de plástico, instalado no local original, mas antes foi preciso acabar com a ferrugem do assoalho.

Com o tanque novo instalado, foi só montar o banco novamente, encher de álcool e voltar a andar com ele nos finais de semana de sol.

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Restaurando minha Chevy 500 – post 10

Depois de terminada a restauração do Voyage Verdinho, chegou a hora de organizar as peças da Chevy 500 ….. e continuar a funilaria.

Começamos, bom….na verdade o Felipe começou trocando a parte final do assoalho, eu já havia retirado as soldas e todas as partes antigas que tinham excesso de massa de poliéster, e para ficar perfeito optamos por trocar novamente a parte final do assoalho. Eu havia soldado as chapas sobrepostas e o correto é da forma que está na foto.

Soldando as laterias novas com uma MIG e um soldador profissional
Peças novas que formam a traseira, todas soldadas.
Conferindo os alinhamentos
Refazendo alguns remendos
Refazendo as pontas das longarinas traseiras

Testando o encaixe das lanternas.

Enquanto estamos aguardando a confecção da longarina traseira esquerda (encomendamos com um funileiro que fabrica peças artesanalmente, mas está demorando um pouco) a original estava muito podre, então começamos a remover os locais onde a pintura apresentou manchas nas últimas duas vezes que a Chevy foi repintada. E o Felipe começou a desamassar onde foi possível e nivelar novamente com massa de poliéster.

Manchas que sempre voltavam, mesmo após 2 repinturas
Retirado todo material onde estavam as manchas amarelas e desplacou o verniz
Após nivelamento com uma fina camada de massa
Removendo todo material do capô usando removedor pastoso e espátula

Cada camada que era removida, era possível ver todo passado da minha Chevy 500, e em uma das “camadas” entre o primer/tinta de fábrica e a primeira repintura que foi feita em 2005, tinha um material mais escuro nas regiões onde apareceram as manchas e depois o verniz fez bolha, analisamos e parecia ser “massa rápida/massa acrílica/ kombifiler”, este tipo de material, usado para pequenas correções. Aparentemente o funileiro usou da maneira errada durante a primeira vez que levei minha Chevy para ser pintada, e olha que era uma oficina grande, com muitos funcionários e bem equipada.

Acima, após funilaria e lixamento da massa, próximo passo, wash primer, primer e lixas….. mas só no próximo post.

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Finalmente pronto!!! Última fase do polimento e montagem das peças externas – Restauração do Verdinho – post 23

Talvez você já tenha visto o Verdinho pronto no Instagram ou no Facebook, mas aqui no blog coloquei fotos detalhadas da montagem.

1.5 gasolina

Abaixo fotos da última fase da montagem

Última fase do polimento
Consultando as revistas da época para colar o friso na posição original
Técnica do Felipe para instalar o friso e ficar alinhado
Acho este friso no meio da lateral muito feio!!! Mas, se era original, não existe a opção de não instalar…
Emblemas colados conforme as fotos do manual do proprietário
Transferindo o alinhamento para o outro lado, aprendi mais uma técnica profissional com o Felipe
Frisos das calhas do teto
Rodas “NOS” porém com riscos por terem sido mal armazenadas
Foi muita sorte conseguir comprar rodas novas originais do mesmo modelo do Voyage 1982 (porém de fabricação 1985).
Será preciso lixar e pintar

Agora é só instalar as rodas novas 0km de estoque antigo que comprei, e comprar pneus novos aro 13. Bom, o Verdinho ficou pronto, mas sempre existe algo que pode ser melhorado….

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Montando as fechaduras, travas, acabamentos e mais alguns detalhes- Restauração do Verdinho – post 22

Dessa vez, vou mostrar primeiro como ficou o interior depois de pronto. E abaixo como fizemos a montagem, regulagem das portas.

Interior restaurado, montado, limpo e cheiroso

Continuando a montagem do interior…

Fechadura, varetas, pinos e gatilhos internos
Dupla-face para colar o plástico ao invés de cola de contato
Plástico para proteger o papelão de porta da água que escorre por dentro das portas
Mais detalhes originais
Porta finalmente pronta, visual original de 1982
Ajuste fino para acerto das folgas do capô
Felipe fixando definitivamente os paralamas
Portas, capô e portamalas ajustados e regulados as folgas
Retocando as porcas e parafusos de ajuste com a cor original Verde Álamo
Aproveitando um pouco de sol, em um mês chuvoso, para manobrar os hotwheels e dar uma voltinha com o Verdinho para matar a saudade de dirigir ele.
De volta guardado na Garagem 150

Próximo passo, último polimento, vitrificação da pintura e montar o exterior, maçanetas, frisos, emblemas, etc …..

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Instalando o interior, parte elétrica e outros detalhes originais – Restauração do Verdinho – post 21

Quando o Verdinho voltou para a Garagem 150 a pouco mais de 6 meses eu fiz um “cronograma mental” ideal, de ter ele montado e pronto no Natal de 2022. É claro que não ficou, mas atrasou por um bom motivo, eu resolvi eu mesmo fazer muitos serviços que em teoria, deveria levar para um profissional. Na prática aprendi um pouco mais sobre o Voyage em 2022.

Continuando a montagem do interior…

As pestanas novas que existem no mercado não encaixam nos frisos, veja na foto abaixo

Borrachas nova paralelas não encaixam nos frisos cromados

Então tive que recuperar as pestanas originais, velhas e trocar novamente.

Limpando as Pestanas originais velhas
Deixei uma semana na água para tentar melhorar a flexibilidade das borrachas velhas para conseguir instalar.
Instalei e ficou perfeito, marcas de uso e umas rachaduras, mas com acabamento melhor que as novas paralelas

Na sequência de fotos abaixo está a montagem do interior e as peças originais raras que consegui comprar e outras que restaurei.

Suporte original do cinto de segurança
Cintos traseiros
Buchas novas e parafuso novo
Cintos de fecho magnético
Encosto do banco traseiro com o tecido e o desenho original
Lateral traseira original revitalizada
Consegui comprar cintos restaurados, as peças são novas e/ou restauradas e a fita dos cintos é nova.
Cintos dianteiros originais
Do jeito que era em 1982
Consegui as Buchas dos parafusos dos cintos, ainda na antiga embalagem de peças, dos anos 80. E os Cintos dianteiros, parte fixa no assoalho do jeito que saiu da fábrica Anchieta da VW em 1982
Banco traseiro, cintos e Carpete original montado
Consegui os grampos originais na concessionária para trocar nas laterais de papelão.
Montando a parte elétrica dos painéis e chave de setas
Montando os bancos dianteiros
Portamalas
Batentes de borracha do estepe feitos á partir dos batentes do tampão traseiro do Gol
Resolvendo problemas de mau contato na boia de combustível
Relógio e Econômetro instalados – era opcional em 1982 e resolvi instalar no Verdinho
Carpete e cintos montados
Tapetes raríssimos!!!! Comprei em 2001 junto com um Gol Special 0km
Tapetes originais novos em carpete do Voyage 2015 para proteger o outro tapete de borracha….. eu sei que é maluquice!
Instalando rádio e parte inferior do painel e portaluvas
Não consegui uma capa do acelerador original, adivinhe qual não encaixa perfeitamente?
Antena manual como era na decada de 80
Buchas da coluna de direção trocadas também
Usando a forração do teto velha para medir e saber onde cortar a forração nova para reinstalar, espelho, luz e para-sol
Momento de coragem, cortar o teto novo !!!
Marque as conexões elétricas antes de desmontar, mesmo sendo óbvio, depois de anos com o carro desmontado você pode acabar esquecendo.
Luz de teto original VW ainda existe original a venda!
Pequena diferença de cor devido ao teto ser novo e o para-sol ai da o original de 42 anos atrás
Trocando os conectores das lanternas
Melhorando as conexões e o aterramento
Todas as luzes finalmente funcionando.

Próximo passo, montar o exterior …..

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Como instalamos os Vidros e as borrachas com os frisos originais – Restauração do Verdinho – post 20

Nessa parte da montagem de qualquer carro é o momento que você mais pensa que deveria ter levado para algum profissional. Mas se nem os acabamentos internos do teto e das colunas (que conheço um ótimo tapeceiro) levei para ele fazer, imagine montar os vidros, borrachas e frisos que não tenho referência de nenhum profissional…. é claro que não reinstalei sozinho, contei com a ajuda e experiência do meu amigo Felipe, na verdade não tem como colocar os vidros sozinho.

PRIMEIRO PASSO: Os frisos cromados/metálicos das borrachas do parabrisa, vigia traseiro e vidros laterais são extremamente raros no Voyage, apenas nos primeiros anos são cromados e de alumínio, nas portas são cromados, mas de plástico e existem novos (paralelos), mas acredito que não são todas as versões de Voyage que utilizam, então a dica é: Melhor cortar as borrachas velhas para tirar os frisos.

SEGUNDO PASSO: Para limpar os vidros que ficaram na oficina de funilaria use “bombril” seco e depois passe um pano com “thinner”, aprendi que é a forma mais fácil de limpar.

Sujeira de 4 anos na funilaria

TERCEIRO PASSO: Monte a borracha no vidro e depois os frisos. Para montar os vidros no carro, passe uma cordinha, coloque o vidro na posição, enquanto uma pessoa faz força de fora para dentro outra vai puxando a cordinha.

Mas é óbvio que descrever aqui no blog parece muito mais fácil do que foi na realidade. Na prática as borrachas paralelas de reposição são muito duras e as vezes o rasgo para colocar os frisos são “rasos”…. O vidro traseiro/ vigia por exemplo instalamos 3 vezes e rasgamos 1 borracha até conseguirmos. A dica para facilitar a montagem é passar vaselina industrial na borracha e na lataria.

Veja o vão entre a borracha e a lataria, mesmo forçando e puxando a cordinha não encaixou. Não tem jeito, tem que tirar e começar tudo novamente.

Outro problema é a baixa qualidade ou os erros de fabricação das peças paralelas. Veja abaixo, uma das borrachas que comprei, não tem o lugar para o friso inferior traseiro, apenas os laterais…. vai entender….o que passou na cabeça de quem projetou a peça, será que ele já viu um Voyage original na vida? Ou foi uma “inovação “? Do tipo….”acho que a vw deveria ter feito os frisos do Voyage iguais ao Santana, então vou tirar o rasgo debaixo.”

Frisos Originais montados em borracha paralela (Obviamente não existem novas originais)
Borracha sem o rasgo para o friso inferior
Rasgo apenas para o friso lateral

QUARTO PASSO: Montar os vidros das portas e etc….Aqui a sequência é muito importante!!!

Comece colocando o vidro dentro da porta, em seguida monte a máquina de vidro, parafuse o suporte ao vidro, mas não parafuse/rebite definitivamente. Coloque os frisos cromados na porta e monte o quebra-vento antes das pestanas. Instale o limitador do vidro dentro da porta, Encaixe as pestanas nos frisos….E finalmente monte, fechadura, gatilho, vareta, etc… veja abaixo nas fotos.

Encaixe do friso na borracha do Quebra-vento
Use uma espátula plástica para não marcar o friso nem a borracha
Acredite, o Quebra-vento só entra nessa posição
Corte o excesso das pestanas
Encaixe no friso
As peças internas são parafusadas por aqui. 10 mm
Instale os frisos primeiro
Depois de muitas e muitas horas pronto
Veja que a pestana nova paralela, não encaixa nos frisos também paralelos. Será que terei que restaurar as pestanas velhas? Ou existe alguma técnica para que estas encaixem?
Batente do vidro
Só rebite após montar tudo
Suporte e máquina do vidro.

Além dos problemas com as pestanas paralelas, outro problema foi que comprei as máquinas de vidro erradas, bom, na verdade o anúncio não dizia que existem 2 modelos para “Voyage quadrado”, 81 a 87 e 88 a 96, muitos vendem apenas o modelo 88 a 96 como sendo para todos os “quadrados”…. veja a diferença

Tamanhos diferentes para portas até 87 é mais “longo”

Próximo passo, montar o interior e a parte elétrica…..

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Como eu instalei a forração interna do Voyage 1982 – Restauração do Verdinho post 19

No último post sobre o meu Voyage Verdinho você deve ter lido que comprei um kit na internet e tentei instalar a forração interna, só que não deu certo. Mas como sou teimoso e não gosto de deixar meus hotwheels fora da Garagem 150 (o Tapeceiro profissional não faz serviços à domicílio), comprei outro kit para fazer uma segunda tentativa. Desta vez, prestei mais atenção e descobri onde errei. Então resolvi compartilhar o meu “lessons learned” aqui no blog, caso você queira tentar fazer também. O post ficou bem longo, com muitas fotos e explicações, mostrando o trabalho que deu este DIY.

Forração do teto montada!

Faça você mesmo!!! Ou pelo menos tente fazer!!

PRIMEIRO PASSO: Obviamente o carro tem que estar sem os vidros para você retirar as forrações velhas. As forrações destes Volkswagen dos anos 70 e 80 são bem simples, afinal não eram carros de luxo, por outro lado isso ajuda a deixar os carros mais leves e com melhor desempenho mesmo com a pouca potência do motor. Resumindo: embora eu ame estes carros, tenho que admitir que o acabamento sempre foi bem “vagabundo”, a forração do teto é plástica e as laterais um courvim com uma espuma de uns 2mm. Agora imagine como é a “qualidade” de um kit atual de reposição (paralelo) para um Voyage de 40 anos?

Forração “amarelada” usada retirada, já não era mais a original VW
Varetas que seguram a forração ao teto
Comparando as medidas das forrações

SEGUNDO PASSO: Fiz uma comparação de medidas entre a forração do teto que estava instalada no Voyage (já não era a original), a forração do kit de reposição paralelo e de uma forração original VW (porém marrom) que comprei errado a uns 20 anos quando restaurei o Voyagessauro 1983.

Fazendo o paralelo ficar nas medidas do original
Original marrom
O kit paralelo usado que estava instalado tem as medidas parecidas com o original
Forração original VW para reposição, uma pena ser marrom e o Verdinho precisar de uma cinza
Forração que acabou rasgada na minha primeira tentativa de instalação
“Costura eletrônica ” da forração original

Costura comum das forrações paralelas

Solução para não errar novamente. Cortar na mesma medida da peça que estava instalada para poder esticar a forração.

Erro da primeira tentativa…achar que a forração já vem pronta nas medidas corretas e ao tentar deixar esticado, rasgou……

Antes de reinstalar a forração do teto, colei a manta antirruído que estava saindo.

Mas é óbvio que precisei de ajuda para conseguir instalar, medir e cortar as forrações

TERCEIRO PASSO: Começamos a instalar a forração do teto pela vareta mais próxima ao porta-malas que tem as travas na travessa do teto, e esticando a forração e prendendo as varetas nas laterais do teto. Comecei esticando o centro,(da traseira para a frente) depois esticando as laterais…. Para fixar na lataria usei cola de contato e cortei o excesso com estilete.

Última vareta, próxima ao vidro traseiro e uma das travas, comece reinstalando por aqui!

QUARTO PASSO: Instalei as forrações das colunas em courvim. Estas peças também fazem parte do kit que comprei, mas pelas fotos abaixo, veja que não tive sucesso em colar a espuma no carro e depois colar o courvim.

Coluna “C” ficou enrugada e não consegui colar de maneira que ficasse uniforme
Não consegui deixar a espuma colada no courvim uniforme, sem contar a costura para emendar as partes é estranha, meu outro Voyage não tem isso, nem o original era assim.
O acabamento ficou muito ruim.

Então resolvi descolar tudo e começar do zero novamente, usando um courvim de qualidade melhor (mais parecido com o original VW) e que já tem a espuma acoplada.

Veja a diferença na textura!!!

Ainda no QUARTO PASSO, usando como molde as peças do kit (mas você pode usar as peças retiradas do carro) marcamos e cortamos as peças.

Novas peças já com a espuma

QUINTO PASSO: Colei as partes de courvim nas colunas usando cola de contato, cortei os excessos, retirei a espuma (usando estilete)

Retirando a espuma para dobrar e colar

Nas bordas a serem dobradas e colar na lataria. Para garantir a posição até a secagem total da cola, usei prendedores de roupa, ideia genial e simples que a Fabi me deu, eu estava sofrendo tentando prender com uns grampos usados em artesanato….

Ideia genial e simples da Fabi, para segurar o courvim no lugar até a cola secar
Coluna A pronta! Já podemos reinstalar o parabrisa
Não ficou perfeito, mas muito bom e bem aceitável para um faça você mesmo em sua própria Garagem
Agora sim! Tudo liso e uniforme, colado a lataria

SEXTO PASSO: Novo carpete e telas novas dos alto-falantes no “tampão traseiro”.

Manta asfáltica
Forração colada como base
Novo carpete e telas novas (acessório de época que ainda existe novo para comprar em 2022), exatamente iguais as que estavam instaladas antes da desmontagem.

Próximo passo …. reinstalar os vidros!!! Será que conseguiremos fazer na Garagem 150?

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Restaurando minha Chevy 500 – post 9

E terminada a funilaria e pintura do Voyage Verdinho, finalmente chegou a vez do Felipe continuar a funilaria da minha Chevy (eu iniciei, mas chegou no ponto que preciso de ajuda profissional), no post anterior mostrei as peças novas da lataria e como cortei as partes ruins.

O assoalho apesar de novo precisaria ser re-alinhado… como eu tinha uma peça nova, preferimos tirar para usar tudo novo. Nas fotos abaixo você pode ver todo inicio do trabalho.

Peças novas do quebra-cabeças
Novo asoalho novamente…
Assoalho desinstalado…

Na próxima visita do Felipe a Garagem 150, devemos começar a montar as peças e alinhar. Depois começar a desenhar os remendos…

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Restauração do Verdinho – post 18

Sei que já faz bons dias que não escrevo nada aqui no blog, pois foram muitas horas no último mês com o Felipe apenas lixando, polindo e corrigindo pequenos defeitos na pintura, apesar de falar para ele, fazer o melhor possível próximo do original, nada de show car que este ano não vamos expor na SEMA….. kkkkkkkkkk (piada de fã do Chip Foose, né?)

O Felipe é obcecado e detalhista em fazer a pintura brilhar!!!! Agora o Verdinho já foi todo lixado e polido, o resultado ficou excelente, dá vontade de polir todos os outros hotwheels para ver se eles ficam com o mesmo brilho. Veja nas fotos abaixo….

Então comecei a montagem externa…. a interna….humm….depois explico.

Fiz uma mudança de layout na Garagem 150, para poder montar o carro tranquilamente e sem pressa, podendo sair com os outros hotwheels sem ter que manobrar o Voyage desmontado. Então ele foi para o fundo da garagem…. ou para a entrada (!?), se você estiver a pé….

Sim!!! Tem um fusca coberto/guardado no jardim esperando a 10 anos a vez dele.

Agora numa vaga com espaço para abrir as portas ….

Montei os parachoques cromados novos com as ponteiras e borrachas do modelo correto, porém com exceção dos suportes do parachoque dianteiro que são originais novos, as demais peças são paralelas e de qualidade razoável, então os encaixes e vãos ficaram aceitáveis, mas longe de perfeitos nos 4 cantos, mas pode ser que nem o original fosse maravilhoso…. nem em meu Golzão G6 2014 todo original é perfeito, imagine como devia ser a produção da VW em 1982?

Parachoques montados

Lanternas com a ré grande e friso cromado

Frente montada
Alinhamento perfeito dos faróis, grade e lataria

Bucha da lâmpada lanterna dianteira desenhada e impressa pelo Marcos, para não alterar o chicote original

E a parte interna? Bom, eu gostaria que o tapeceiro viesse até a Garagem 150 para instalar o teto e laterais em courvim … Mas ele não faz serviços “a domicílio “…. então precisaria levar o Verdinho até a oficina dele e deixar lá alguns dias/semanas…. e a realidade é que eu não ficaria tranquilo…. sou extremamente ciumento e possessivo com meus hotwheels, então comprei um kit de teto e colunas pela Internet e tentei eu mesmo instalar, e ficou uma £♡#@&*!!!!!¡

Então, só me restou a opção de voltar a montar a mecânica, dar o braço a torcer e levar para o profissional de tapeçaria (que já fez os bancos) fazer a interna….

Ou devo comprar outro kit pela Internet e tentar uma segunda vez?

Acho que sei onde errei…. será?

Bom, no próximo post do Verdinho eu já devo ter decidido e você vai saber.

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