Quando desmontei a frente do S/Rat para tentar dar uma alinhada nas peças, para deixar o visual melhor (para quando o capô restaurado e pintado estiver pronto), percebi que as polainas (como se diz aqui no “interiôrrrr”) ou ponteiras dos parachoques estavam com as travas internas dos guias quebrados.
Então fui “caçar” na internet, polainas dianteiras novas e um par de piscas do Monza 1988 iguais a grade, faróis e lanternas do modelo que uso no meu S/Rat 1986, naturalmente sempre busco o melhor custo-benefício, então comprei piscas paralelos de boa qualidade, os originais estão extremamente caros, mas a surpresa foi que encontrei a venda a polaina dianteira direita original, mais ou menos no mesmo preço da dianteira esquerda paralela que também precisei comprar.
Na restauração dos meus hotwheels, sempre tento usar as melhores peças possíveis, e a melhor peça sempre vai ser a original nova de reposição, porém quanto mais antigo ou menos fabricado foi o hotwheels, mais difícil e mais raro e caro, serão estas peças originais novas. Estas peças são chamadas de NOS – New Old Stock, ou seja, algo que ficou guardado sem uso por décadas. Por isso que de um modo geral (lógico que existem exceções) comprar um hotwheels “pronto” já restaurado com peças originais, é mais barato do que restaurar. Mas vamos esquecer esta parte do dinheiro…e focar na diversão e satisfação de pegar um carro “usadão” e transformar em um colecionável.
A segunda opção é restaurar a peça original usada, de algum carro doador, comprada em desmanche/ferro-velho ou a antiga usada do próprio carro, que é exatamente o caso da grade abaixo do nosso Santana GLS, que é original Volkswagen, mas está com 3 pontos quebrados, mas toda “inteira”, sem faltar partes.
A grade está quebrada, mas não falta nenhum pedaço
Esta grade original me motivou a pesquisar na Internet, como colar plásticos automotivos, li e vi, várias opções e ideias, mas nenhuma me pareceu definitiva, ou me convenceu a arriscar estragar alguma peça numa tentativa. Porém pesquisando apenas sobre “colas”, sem definir qual seria o uso, encontrei a opção abaixo utilizado em próteses dentárias, e ainda por um custo baixo, resovi arriscar e postar o resultado.
Apenas para concluir o assunto, antes de mostrar como fiz.
A terceira opção de peças, são as novas de fabricação paralela de boa qualidade, mas nem todas as peças existem nessa opção, apenas carros que foram fabricados em maior volume. Normalmente são marcas conhecidas que são fornecedores das fabricantes de carros, mas não necessariamente do modelo do seu hotwheels.
A quarta opção….não é uma opção!!! é apenas dor de cabeça e peças fora das medidas corretas que não se encaixam, são as paralelas de baixa qualidade…..
Enfim, comprei a cola “autopolimerizável”, mas não tive coragem de começar pela grade do Santana.
Resolvi arriscar primeiro e tentar colar uma peça rara, mas do S/Rat (na verdade já tenho um jogo de frisos restaurados para usar no S/Rat se um dia for restaurá-lo).
Comecei “limpando” as tentativas anteriores de colagem, juro que nunca usei durepoxi para restaurar nada, isso foi algum dono anterior.
O resultado foi muito bom, mas a cor é um problema, então no teste seguinte usei um pigmento preto junto na mistura.
Então resolvi colar o suporte de placa do S/Rat que com o uso, trincou e acabou rachando.
Calma!!! Eu sei que este suporte de placa original do Ascona C hatch, o “Monza alemão da Opel” é muito mais raro que uma grade de Santana para fazer o teste, mas a grade eu não tenho outra.
Obviamente, nesta foto foi logo após a colagem, ainda falta fazer o acabamento, mas com o pigmento preto já ficou bem melhor.
Após a cola secar, usei a micro retifica para melhorar o acabamento.
Bom, a parte da cola era essa, mas como o post é meu, kkkķ…. vou mostrar como disfarcei o conserto e montado de volta no S/Rat.
Antes que me perguntem nos comentários, segue umas fotos do suporte de placa original europeu, veja que tive que cortar e ajustar para servir no Monza S/R, assim como o numero GM para quem quiser procurar e comprar.
Ah… e estava esquecendo de mostrar a grade do Santana colada!
Na grade optei por não fazer o acabamento, lixando o excesso de cola, pois montada no Santana, não é possível ver que foi colada e aparentemente o excesso de cola na “lateral” parece “reforçar” o conserto.
Mas como eu gostei do resultado, já desmontei a frente do S/Rat para tentar restaurar o spoiler original dele (além de outro reserva usado).
Esta é uma tarefa bem simples, que eu já havia feito no Voyagessauro a uns 20 anos, mas alguns detalhes que estão neste post podem facilitar a instalação.
Então seguem as dicas e um pequeno tutorial com fotos do faça você mesmo.
Eu identifiquei que havia algum problema com a suspensão, pois ouvia um barulho de algo solto do lado traseiro direito, então fui olhar como estavam os batentes e coifas, e a situação era a das fotos abaixo. Apesar dos 10 anos do Golzão, ele tem apenas 100.000 km e praticamente só andou na estrada, por isso ainda era tudo original de 2014!!! E acredite os amortecedores estavam perfeitos e não foi preciso trocar agora.
Primeiro passo: Colocar o carro nos cavaletes, muito cuidado nesta parte, lembra do post anterior?
Como a Garagem 150 é a vida real do “diy”, uma das rodas não saia, o disco de freio oxidou no centro e travou a roda…
Segundo passo : Soltar a porca do amortecedor
Caso suas chaves fixas sejam “sem pescoço” iguais as minhas, melhor usar a ferramenta abaixo, que é bem baratinha e vale a pena comprar.
Terceiro passo: Soltar o amortecedor do eixo traseiro
É claro que aproveitei para verificar as pastilhas de freio e trocar os pneus que já estavam próximos do limite TWI, em teoria, daria para rodar ainda, porém as chuvas no final da tarde, quando volto do trabalho estão tão volumosas neste verão, que achei mais seguro colocar pneus melhores (eu já tinha um jogo de pneus pouco rodado guardado) então descartei estes da foto abaixo, bem mais usados.
Durante minhas férias resolvi eu mesmo fazer uma revisão mecânica em meu Golzão Mil que uso diariamente para ir ao trabalho.
Era para ser algo bem simples, troca anual de óleo, filtros e troca do líquido de arrefecimento.
Para trocar o óleo uso umas rampas de metal, mas fiz besteira e não puxei o freio de mão o suficiente, o Golzão desceu de ré, andou pouco mais de 1 metro, mas como o volante virou de leve, o Golzão encostou o parachoque traseiro no portão e a porta encostou na Chevy ao mesmo tempo.
Então foi o famoso “já que…” vai retocar (a pintura ainda era toda original, apesar dos 10 anos de uso), decidi pedir para o Felipe, dar uma geral no Golzão, pintar também o parachoque dianteiro e os frisos da lateral direita que tinham uns raladinhos e batidas de portas em estacionamentos.
Após a montagem e um polimento completo no carro todo.
E ficou muito mais novo do que antes…. sumiram muitos defeitos e riscos e brilha como 0km.
Neste post, vou mostrar como o Felipe recuperou a tampa traseira e iniciou a preparação para a pintura, o ideal talvez fosse comprar uma tampa traseira nova, mas não existe mais a venda, quando a Chevy foi reformada pela primeira vez em 2005 a oficina não fez um trabalho muito bom, por isso que agora em 2023/24 acabou sobrando para o Felipe deixar o melhor possível sem trocar a peça.
Mais uma etapa concluída, próximo passo será o acabamento da funilaria e fazer a preparação da traseira para pintura.
Se você costuma seguir a @garagem150 no Instagram, deve ter visto que a coleçãozinha aumentou. O Santana chegou na Garagem 150, andando normalmente, mas o carro não é usado regularmente desde 2012, meu amigo Fernando, comprou do filho do primeiro dono em 2020, mas não começou a restaurar de imediato, manteve ele guardado até regularizar a documentação e poder transferir (inventário), mas o Fernando foi juntando peças e acertando alguns detalhes (o Santana chegou aqui com o porta-malas lotado de peças de reposição). Porém meu amigo recebeu uma proposta no trabalho e ficará fora por alguns anos, bom… conversamos e a Fabi comprou o Santana para continuarmos este projeto de placa preta.
A aventura e diversão começou levando o Santana para a vistoria de transferência, fazia muitos anos que não andávamos em um GLS desses, meu Pai teve um até o final dos anos 90….
A ansiedade para começar a desmontar, limpar e restaurar tudo é grande, mas existe uma “fila” de Hotwheels para restaurar, então a ideia é ir fazendo melhorias pontuais e compra de peças até chegar a vez do Santana na fila do “D.I.Y”.
O planejado atualmente é terminar a Chevy 500 (acredito que mais 6 meses eu e o Felipe conseguiremos terminar), depois é a vez do Fusca 1500 ano 72, esse Fuscão não será original e está a mais de 10 anos na fila, a Saveiro, o Voyage 82 e outros acontecimentos, acabaram furando a fila dele… depois será a vez do Santana…. bom, isso é o planejado.
Mas como ele ficará guardado no mínimo uns 3 anos na Garagem 150 em uma das vagas do “corredor”, ele precisa estar funcionando para poder ser manobrado, então continuei a revisão mecânica onde o Fernando havia parado, já havia sido revisado e trocado toda parte de ignição e carburador, então “ataquei” o sistema de arrefecimento, que inclusive estava vazando, mesmo estando com aditivo aparentava estar bem “sujo”.
Fiz a troca de óleo e filtros, mangueiras de combustível e regulagem do carburador, em seguida cuidei do sistema de arrefecimento.
Depois de tudo montado e ligado é bom ir medindo a temperatura para verificar se tudo está funcionando da forma coreta.
Também refiz os cromados da grade dianteira
O próximo passo será dar uma melhorada nos parachoques que ainda são originais, mas para isso preciso de um profissional, sim ele mesmo, meu amigo Felipe Beck, em breve ele irá refazer os do Santana e os da sua Quantum.
A ideia inicial era apenas trocar os fluidos, da mesma forma que estou fazendo em todos meus hotwheels (revisão anual), mas….. quando comecei a desmontar… e verificar onde melhorar…. uma manutenção vai levando a outra, a outra….
Consegui comprar um reservatório novo, valvula termostática, tampas, abraçadeiras
Também precisei trocar o coxim dianteiro que “rachou” com o tempo….
Correia do alternador nova!!!
O problema de um carro 4×4 com quase 200 mil quilômetros, é que foi tão usado na terra que mesmo lavando 300 vezes, ainda tem terra e graxa/óleo grudado quando você começa a desmontar.
Mas o maior desafio vou mostrar agora, o trambulador exclusivo da Belina 4×4 (e da Pampa 4×4 obviamente), que estava com muitas folgas.
Montei tudo e testei com a 4×4 nos cavaletes, tudo certo. Desci a Belina e a ré não engata…… sobrou, ter que empurrar para estacionar numa das vagas….. agora preciso arrumar tempo e espaço para levantar novamente e acertar a regulagem do trambulador, terminar de instalar o escapamento e montar o console central.
Nada como um sábado de muito sol, para tirar as capas dos Hotwheels e espantar o mofo. Na minha opinião, não existe nada pior que carro antigo mofado, cheirando carro velho embolorado, por isso a cada 15 dias tiro as capas e aproveito para ligar todos eles (os que estão montados obviamente). Ainda mais depois da chuva com vento de ontem, que molhou toda Garagem 150. Veja nas últimas fotos.
E vamos para o post do mês, sobre as atualizações da restauração da Chevy.
Após ter as longarinas reconstruidas, pelo Felipe, foi a vez de refazer e soldar de volta os suportes do tanque de combustível.
E precisávamos de uma solução definitiva e melhor que a solução original da GM de colocar uma borracha para vedar o bocal do tanque em caso de vazamento (que faz vazar para fora, manchando a pintura), essa foi a maior razão pelo assoalho ter apodrecido, a borracha da minha Chevy estragou (nunca achei para reposição) e a tampa do tanque nunca vedou perfeitamente (quando consegui comprar uma tampa original, tive que trocar o tanque por um paralelo)….. então, eu e o Felipe inventamos este “funil” com uma mangueira jogando o “vazamento” na caixa de roda.
Uma última passada de convertedor de ferrugem
Ou seja, faltando pouco para terminar a funilaria….
Em meu último aniversário ganhei de presente da minha família 4 plataformas para manobrar os carros, que a muito tempo eu queria.
Com estas plataformas mais simples, é necessário ter um macaco-jacaré para erguer o carro. Existem modelos que possuem um macaco acoplado a plataforma, mas achei muito caro.
Nem sei o nome correto, se são tartarugas, carrinhos de transporte, sei lá. Na prática a ideia é usar estas plataformas para poder estacionar mais carros usando o mesmo espaço, por mais que eu tenha planejado a nossa casa (o Loft 150), com a Garagem 150 ao lado e muito espaço para guardar meus hotwheels, ferramentas e peças, a verdade é que perdi um pouco o controle, o planejado era ter 6 hotwheels e 2 carros de uso diário….. bom, hoje são 3 carros de uso diário e 9 hotwheels (o 10° hotwheels é o Fusca da minha Mãe, mas está em outro lugar). Então preciso sempre otimizar o espaço para tentar deixar a maior quantidade de carros cobertos e facilitar as manobras, por isso uso estas plataformas com rodinhas.
A plataforma da forma que é vendida original até funciona bem, mas sozinho é bem pesado para virar e empurrar o carro, talvez devido ao piso da Garagem ser meio rústico, mas principalmente pelas rodas serem muito pequenas.
Então, comprei outras rodinhas bem maiores e troquei….. outro upgrade foi instalar 1 rodinha com freio em cada plataforma.
Agora ficou bem mais fácil de manobrar e estacionar aproveitando o máximo de espaço.